O
curso Educação Especial, oferecido pela Secretária Municipal de Salvador em uma
modalidade à distância, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, tem
principalmente contribuído no meu direcionamento às leituras de documentos
legais e/ou relevantes voltados à Inclusão, os quais tinha arquivado em meu
computador, porém ainda não havia lido por uma questão de disponibilidade e
disciplina pessoal; levando-me a descoberta de novos documentos a partir das
minhas pesquisas para realizar as atividades propostas.
A
leitura dos textos tem me feito obter conhecimentos mais aprofundados,
embasados e sólidos sobre as teorias que regem a Inclusão Escolar, como ocorreu
quanto à assimilação das atribuições do professor de AEE na SRM; já atuei como
professora do AEE em centro especializado, possuindo uma noção sobre a prática
e uma ciência, mais superficial, da minha função. Havendo o acréscimo na
compreensão de que as atribuições desse professor vão além do que eu imaginava,
como a sua atribuição registrada no art.13, da Resolução nº 4, de 2 de
outubro de 2009: I – identificar, elaborar, produzir e organizar
serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;
atribuição que me suscitou questionamentos e discordância.
Durante
minha atuação no centro especializado como professora do AEE notei a
importância da organização, observação e registro na minha rotina, o que foi
acrescentado pelo conteúdo ofertado na disciplina AEE deste curso, no momento
de estudo do caso Roberto e o plano de AEE.
É
fundamental para tal profissional levar em consideração todas as informações
oferecidas pelo contexto e pessoas as quais o aluno se relaciona, tornando o
estudo de caso uma etapa essencial para o conhecimento do ser ao qual haverá a
tentativa de auxílio no desenvolvimento da aprendizagem. O professor deve ficar
atento também as informações que não foram ditas, ainda mantêm-se ocultas, pois
o contexto dá uma ideia momentânea, o que não quer dizer ser permanente, como
também as pessoas descrevem situações e o outro a partir do seu olhar e crença
pessoal, fazendo-se necessário que o professor do AEE tenha um olhar e audição
sensível, com cautela no registro de tudo que vê, ouve e nas suas conclusões.
Estas o levarão a elaborar um plano de AEE, que é fundamental, primeiramente,
para sua organização pessoal, sendo possível registrar as possibilidades e
estratégias que objetivam o desenvolvimento da aprendizagem do aluno,
construindo uma linha de pensamento e intervenções no intuito de buscar formas
para o mesmo participar da rotina escolar sem que seja impedido por suas
limitações.